sábado, 20 de junho de 2009

“FICAR” CRENTE! ou SER CRISTÃO.

“FICAR” CRENTE! ou
SER CRISTÃO.

Um alto crescimento de professos crentes está ocorrendo nos últimos anos! A grande massa dos seres humanos está doente na alma. Estão buscando ajuda em todos os lugares, onde acham poder encontrar uma “luz” para iluminar suas trevas espirituais.
Especificamente nas denominações religiosas tradicionais, e em inúmeras das mais diversas que estão surgindo atualmente, seus líderes e “pastores”, preferem adotar o método de apelar para o fator emocional, sem critérios bíblicos, fazendo bonitas programações e ao final apelando para que as pessoas aceitem a Jesus em suas vidas. Esse é um método muito utilizado em encontros de jovens, nos quais a juventude participa de atividades de cunho estritamente social, com muito louvor e êxtases, onde lhes é apresentada uma religião sem compromissos, sem exigências, morais ou éticas. É o método “venha como está; Jesus te aceita assim mesmo”. Mas não são ensinados de que é essencial uma reforma de vida após a conversão (cf. Romanos 6:4). Esse método produzirá fiéis destituídos de compromisso com Cristo. Prendem-se unicamente de que “Jesus quer só o coração”, e que não é necessário deixar de lado a rotina de vida: festas, bebidas, roupas, sexo livre, diversão. Guardar os mandamentos? Nem pensar!

Você já observou como as pessoas hoje em dia gostam de usar camisetas, bonés, acessórios, etc., com o “nome” de Jesus? Vemos nos carros muitos adesivos com frases poéticas como: “Jesus te ama e eu também”, “ Propriedade exclusiva de Jesus”, “Deus é fiel” etc., mas sua religião não produz os frutos revelados na Palavra de Deus: Obediência (cf. João 14:15), obras da fé (cf. Tiago 2:14-26), amor, mansidão, paz, etc.(cf. Gál. 5:22-23). Isso que ocorre é mais um “namoro” do tipo “ficar” do que um “casamento” com Jesus. Todos querem as bênçãos, mas nenhum compromisso pessoal com o abençoador.

Ouço em nossos dias uma drástica diminuição na qualidade musical das denominações “cristãs”. Algumas chegam ao cúmulo de utilizar ritmos e melodias, (que originalmente são ouvidas nos bares, bailes e nas boates das grandes cidades), na adoração ao Senhor, acreditando que Deus aceita qualquer louvor. É um lamentável equívoco acreditar que só colocar uma letra “consagrada” em um ritmo popular (forró, axé, pagode, samba, rock, bossa nova, sertanejo, etc.) e automaticamente tal música passa a ser considerada um “louvor de adoração” ao Senhor do Universo. Não consigo imaginar os Anjos cantando em volta do trono da Majestade do Céu alguma música que poderia muito bem ser confundida com aquelas dos bailes carnavalescos e festas de rua do nosso País.**

Tenho observado algumas ferramentas de evangelização utilizadas por “pastores” nessas diversas denominações, uma delas é o combate aos “maus espíritos”, que são considerados os culpados por todas as mazelas da vida das pessoas. Essas igrejas chegam mesmo a utilizar expressões que mais lembram religiões espiritualistas: “corrente do descarrego”, “caminhada pelo sal grosso”, “banho de luz”, etc. Há uma mistura de métodos profanos (místicos, umbandistas, etc.), os fiéis não recebem um doutrinamento nos temas Bíblicos, e na maioria das vezes, nem mesmo dedicam algum tempo semanal ao estudo da Palavra de Deus. Apresentam uma religião sem raízes na Bíblia, com profundo desconhecimento dos seus aspectos mais elementares. Sua confiança está unicamente na igreja e seus pastores, que são considerados homens cheios de poder e autoridade, com grande capacidade de vencer demônios e trazer bênçãos materiais à vida dos fiéis.**
Muitos dos crentes com quem tenho contato me dizem expressões como; “...eu gosto muito da igreja tal... pois o pastor, Sr. ... é um homem que ora com poder!”.

Essas igrejas ignoram o fato de que a conversão deve ser o resultado de um relacionamento contínuo com a Pessoa maravilhosa de Jesus Cristo (cf. João 17:3), em gratidão ao Seu Amor, resolvemos entregar-lhe nossa vida, isso é conversão genuína. Os “conversos” alcançados através do método acima são pessoas que não possuem compromisso com Jesus, mas sim com suas igrejas. Contra estes que baseiam seu cristianismo unicamente nos milagres, curas, exorcismos, etc., Jesus faz uma pesada advertência em Sua Palavra, considerando-os tão pecadores quanto os ímpios (veja em Mateus 7: 21-23). **

Outra forma de “converter” as pessoas é principalmente através do medo, por meio da doutrina do inferno. “Aceite Jesus agora em nossa igreja, ou você queimará eternamente nas chamas do fogo do inferno”. Tais igrejas pintam um quadro de um Deus terrível, que deve ser temido por Suas criaturas, senão o castigo eterno será a recompensa. Esse método produz pessoas fanáticas, radicais, que não conseguem ver amor na religião, mas apenas medo, rancor, vingança. São exatamente aqueles que passam uma imagem negativa do evangelho, pois estão sempre de mau-humor, tristes, acusativos, extremamente críticos. Se você não aceita entrar para a igreja deles, “torcem o nariz” e demonstram um ar de ironia, como se dissessem: “eles vão ver como vão se arrepender quando chegarem ao inferno”.
Pobres cristãos! Passarão a vida toda nessa religião fria e triste. Não conhecem realmente a Jesus! **

Existem outras inúmeras formas de se “converter”, mas prefiro me ater às mais freqüentemente usadas, como relatadas acima.

Quem chega a Manaus de avião pode ver de cima, nitidamente, a linha divisória entre as duas águas, de um lado as águas do Rio Negro, e de outro as águas do Rio Solimões passando a formar o majestoso Rio Amazonas, uma escura e a outra barrenta. Elas vão descendo juntas por vários quilômetros. Aos poucos se misturam e a linha divisória entre as duas, finalmente desaparece.*
Temos algumas lições a aprender desse caprichoso fenômeno da natureza. Uma delas é a mistura inconveniente. *

Uma grande escritora Americana chamada Ellen G. White, que viveu no século dezenove, já escrevia em um de seus livros, sua preocupação com a permissividade dos líderes religiosos como ocorrera em seu tempo e fazia uma previsão no futuro, quanto a mistura do profano com Divino. Declara ela: “A massa dos cristãos professos tem removido a linha divisória entre os cristãos e o mundo, e, ao passo que professam viver para Cristo, estão vivendo para o mundo” (Testemunhos Seletos, vol. 1 pg. 154).

Temos chegado mais perto de Cristo ou estamos nos afastando dEle? Por acaso, não estamos nos sentindo confortáveis com as coisas deste mundo? Não estaria ocorrendo em nosso cristianismo uma mistura inconveniente?

Saibamos que há diferença entre estar no mundo e ser do mundo. Jesus traçou uma linha divisória entre estar e ser. Onde estamos? Ela já foi bem mais definida, mas parece que, aos poucos, está se diluindo a semelhança dos dois rios Amazônicos. *


(*Meditações Matinais-2008 –
**101 razões por que sou Adventista do sétimo dia.Pr. G.Medeiros)

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