domingo, 28 de fevereiro de 2010

ADVENTISTAS E MUÇULMANOS: CINCO CONVICÇÕES




*Há três anos, o pastor Jan Paulsen, presidente da Associação Geral, pediu que eu trabalhasse no desenvolvimento das relações inter-religiosas com líderes das grandes religiões do mundo. Uma vez que os adventistas são dezessete milhões em mais de duzentos países, isso faz sentido – e, realmente, é isso que nossa missão requer − que nos esforcemos para compreender a fé de outros povos, para que possamos compartilhar com eles os nossos valores e a esperança no retorno de Jesus.


Durante esses três anos, tenho me concentrado em fazer contatos com líderes muçulmanos. Lenta, mas regularmente, várias convicções criaram raízes profundas em minha mente.


Construindo Blocos


Primeiro, o Senhor está preparando o mundo muçulmano para Sua segunda vinda. Há alguns meses, recebi uma mensagem totalmente fora do meu quadro de referência: um xeique, líder espiritual de muitos milhares de muçulmanos em vários países, afirmou que Deus havia lhe dado uma visão sobre os adventistas. Ele fez contatos com alguns adventistas leigos e agora estava pedindo para se encontrar com líderes da Associação Geral. O que o levou a fazer tal pedido?


Após me consultar com o pastor Paulsen e outras pessoas, foi decidido que alguns de nós, da sede mundial, deveríamos atendê-lo, esperando entrar em sérias discussões, se eles permitissem. Para me preparar para tal encontro, fiz uma viagem para conhecer o xeique. As nove horas gastas com ele, ao longo de dois dias, foram, para dizer o mínimo, memoráveis.


Logo no início do período que passamos juntos, o xeique me convidou para ir à sua casa. Desde o primeiro momento, estabelecemos um relacionamento bom e amigável. Estando nós dois, apenas, sentados em sua sala, quase que imediatamente ele fez uma pergunta a queima-roupa: �


Muslims quickly size up a person. If they find that he or she is honest and genuine, the respond in kind.


“− Você acredita na segunda vinda de Jesus?


− Sim − respondi.


"– Quando Ele virá?


– Em breve.


“– Mas quão breve?


– Em breve. Nós, adventistas, não marcamos data para a Segunda Vinda, mas cremos que será em breve.


"− Você acha que Jesus voltará neste século?


− Eu não sei. Pode ser que Jesus volte muito antes do que muita gente, inclusive os adventistas, espera.


"− Eu creio que Jesus voltará neste século − disse ele.


"− Nos escritos sagrados, encontro uma série de sinais que indicam quando Ele voltará, e quase todos os sinais já se cumpriram.


Conversamos, por duas horas, sobre o retorno de Jesus.
Ali estava alguém que, não apenas cria na Segunda Vinda, mas cria apaixonadamente. Na visão do xeique, o mundo de hoje é uma terrível confusão que se agrava a cada dia; somente o retorno de Jesus pode consertar as coisas. 
No dia seguinte, o xeique e eu nos encontramos para considerar que assuntos deveriam ser a base da discussão com o grupo maior. Quase imediatamente concordamos na Segunda Vinda. Decidimos solicitar aos dois lados que preparassem pequenas dissertações sobre o tema geral da volta de Jesus, sobre os sinais da Segunda Vinda e sobre o anticristo. Então, chegou o momento pelo qual eu estava esperando.�


− Senhor − perguntei −, é verdade que o senhor recebeu uma visão sobre os Adventistas do Sétimo Dia?


"− Não apenas uma, mas três – foi sua resposta.


"– As três continham a mesma mensagem: os Adventistas do Sétimo Dia são o verdadeiro Povo do Livro (um termo do Corão, designando os seguidores de Alá, que não são muçulmanos). Os Adventistas já são o povo de Deus, por isso, não tente convertê-los. Ao contrário, trabalhe com eles.


Algumas semanas mais tarde, foi convocada a reunião com o grupo maior. Mais uma vez o xeique abriu as portas de sua casa para o início do período em que estaríamos juntos. A hospitalidade e a simpatia foram insuperáveis enquanto participávamos de um generoso banquete. Quando começamos a apresentação dos trabalhos que havíamos preparado, o nível de interesse foi intenso; os muçulmanos absorviam cada palavra de seus convidados adventistas. A avidez e a expectativa foram palpáveis naquela noite e no dia seguinte.


Vários meses se passaram desde que nos reunimos com os muçulmanos. Ainda estou processando aquele evento, tentando descobrir o seu significado e o que o Senhor tem em mente para a Sua igreja. Foi um acontecimento extraordinário. A avidez para aprender mais e a fervorosa crença de que Jesus voltará em breve despertaram em mim o desejo de encontrar tal espírito entre meus irmãos e irmãs adventistas.


Sim, há importantes diferenças de compreensão a respeito do retorno de Jesus. O básico, porém, o fato essencial, permanece: um grande número de muçulmanos aguarda a volta de Jesus, e para breve.


O Que Temos em Comum


Passo agora para uma segunda convicção: os adventistas do sétimo dia estão excepcionalmente bem posicionados para levar o evangelho aos muçulmanos. Os adventistas têm as seguintes vantagens sobre outros cristãos para levar as boas novas aos muçulmanos: O lugar das Escrituras. Baseamos nossas práticas e crenças na Bíblia e na Bíblia somente. Essa devoção e lealdade à Palavra revelada impressionam os muçulmanos, que creem que o Corão é a revelação de Deus. Estilo de Vida. Nossa abstinência de carne de porco e álcool é uma boa surpresa para os muçulmanos que não estão acostumados a associar os cristãos a essas práticas. Isso significa que cristãos e muçulmanos podem participar de uma refeição juntos, sem apreensões – fator importante para se estabelecer as bases de um relacionamento. Além dessas práticas, a ênfase adventista na simplicidade e modéstia soa sincera aos muçulmanos, cuja religião é praticada nas 24 horas dos 7 dias da semana.


Preocupação com os últimos dias. O assunto do juízo final, a segunda vinda de Jesus e a ressurreição desempenham um papel importante no pensamento islâmico. Para muçulmanos sérios, toda 
a vida é vivida em função do julgamento final. Seus ensinos diferem 
dos nossos em importantes aspectos, mas o pensamento Central é comum e apresenta-se como oportunidade para que os adventistas ofereçam uma instrução esclarecedora de sua compreensão.


O sábado. O Corão menciona o sábado e sob um aspecto positivo; ele não menciona o primeiro dia da semana como o dia de culto. Nossa observância do sábado, estampada em nosso próprio nome, nos distingue como obedientes à revelação divina.


Conflito cósmico. Os muçulmanos compreendem que os acontecimentos na Terra têm como pano de fundo uma luta cósmica entre o bem e o mal, em que Lúcifer, Satanás e os seres caídos desempenham papel importante. Esse quadro geral tem paralelos óbvios, associado a diferenças importantes, como a compreensão adventista do grande conflito entre Cristo e Satanás.


A Criação. Tanto muçulmanos como adventistas creem na doutrina da criação e rejeitam a teoria da evolução.


Saúde. Os muçulmanos têm muito interesse na saúde e no estilo de vida saudável. Os adventistas e muçulmanos facilmente fazem parceria para melhorar a qualidade de vida. No Oriente Médio, os adventistas administram uma série de hospitais e clínicas em países muçulmanos, e o Centro Médico da Universidade de Loma Linda tem parceria contínua com o Reino da Arábia Saudita e com o Afeganistão.


Relação com Israel. O fato de que, como igreja, os adventistas se recusam a se identificar com qualquer lobby geopolítico é uma enorme vantagem para o mundo muçulmano. Não fazemos parte do lobby pró-Israel: cremos na justiça para todos os povos, inclusive para israelitas e palestinos.


Um movimento de reforma. Compreendemos que nossa mensagem não é nova, mas um retorno aos ensinos da Bíblia. Estamos completando a reforma parcial iniciada por Lutero, Calvino e muitos fiéis do passado. Os muçulmanos também se consideram parte de uma obra de reforma.


Essas novas características adventistas nos colocam em uma posição única para estabelecer contato com os muçulmanos em todos os níveis e para avançar a divina missão a nós confiada. Não somos, porém, muito conhecidos no mundo muçulmano; na verdade, não somos nada conhecidos. Quando muçulmanos ouvem sobre os cristãos, pensam imediatamente em homens e mulheres consumidores de carne de porco, de álcool, de vida sem princípios e que são a favor de Israel.


Talvez nosso maior desafio em relação aos muçulmanos é ensiná-los sobre quem somos e o que defendemos. Quando isso for feito, a atitude mudará de descrença para admiração, apreciação e aceitação calorosa.


Quando me encontro com líderes muçulmanos, enfatizo o fato de que prefiro ser identificado como adventista em vez de cristão. Para os muçulmanos, o nome “cristão” leva em si associações negativas, associações que não caracterizam um adventista do sétimo dia. Por isso, prefiro evitá-las. E “adventista” sintetiza bem a identidade de quem somos, de nossa esperança no retorno de Jesus e a consciência do divino chamado para levar essa mensagem ao mundo.


Papel da Profecia


A terceira convicção resulta diretamente da segunda convicção: a profecia pode ser uma abordagem útil para despertar o interesse dos muçulmanos. Esse tem sido o caso com o xeique e seus colegas. Embora o primeiro contato com os muçulmanos tenha vindo por intermédio de um ato espontâneo de bondade de um membro leigo adventista, o interesse subsequente veio por um indivíduo com o qual foram compartilhadas as profecias bíblicas, primeiro no lar de um muçulmano ajudado por ele e, posteriormente, a convite do xeique, na mesquita.


Na primeira noite na mesquita, um adventista abordou uma importante profecia para o mundo todo, incluindo o islâmico. Ele explicou por que nós, adventistas do sétimo dia, temos uma compreensão que o resto do mundo não tem. Enquanto falava das profecias da Bíblia, naquela primeira noite, os muçulmanos responderam sem reservas. Nas apresentações seguintes, ele seguiu o caminho convencional, começando com Daniel 2, e mais tarde, abordando o livro do Apocalipse.


As profecias são importantes na conversa com os muçulmanos, pois dão credibilidade à Bíblia. Embora o Corão aponte para a Bíblia, o muçulmano tradicional defende que ele está corrompido e grande parte o ignora.


Cuidado com o Preconceito


Uma quarta convicção diz respeito a mudanças que precisam ocorrer entre os adventistas: embora o Senhor tenha confiado a nós uma mensagem e um estilo de vida que é bem atrativo aos muçulmanos, devemos nos submeter a uma renovação significativa em nossas atitudes e em nossa vida espiritual, se quisermos que o Senhor nos use como é Seu propósito.


Os muçulmanos sofrem preconceito generalizado no Ocidente. Inevitavelmente, os adventistas também são afetados pelos sentimentos expressos pela mídia de massa. Como resultado, pastores e membros, principalmente, não se preocupam em trabalhar com muçulmanos; além disso, as congregações adventistas não estão prontas para recebê-los em seu meio. De fato, alguns adventistas têm preparado livros e DVDs que pintam o Islã com traços fortemente negativos. Entre os estereótipos negativos e mitos sobre os muçulmanos a que nosso povo está sujeito, estão os seguintes: O islamismo é uma religião violenta e a maioria dos muçulmanos é, portanto, propensa à violência. O islamismo tem um componente de violência que também pode ser encontrado em outras religiões. Esse componente, entretanto, representa apenas uma pequena percentagem dos muçulmanos. O Instituto Gallup realizou uma pesquisa maciça entre os muçulmanos de todo o mundo e entrevistou cerca de trinta mil pessoas. Os resultados mostraram que noventa e três por cento dos muçulmanos rejeitam a violência. “Alá” é o nome de uma divindade pagã. Esse mito é rapidamente desmentido pelo simples estudo da etimologia. “Alá” é simplesmente o termo árabe para Deus, e era tanto usado 
por cristãos árabes, antes de Maomé, como o é hoje. Porque 
o Islamismo nasceu entre os árabes e o Corão foi escrito 
em árabe, inevitavelmente o nome “Alá” foi adotado para designar Deus. Por causa de suas altas taxas de natalidade, os muçulmanos, em breve, superarão os cristãos em número, se tornarão a religião majoritária em vários países da Europa. Um DVD, que tem circulado amplamente, assustou alguns adventistas que aceitaram suas ideias sem subsídio. De fato, o DVD mostra a invasão sem violência do Ocidente pelos muçulmanos, por meio de grandes famílias, dominando a cultura, em pouco tempo. Apesar da apresentação gráfica, o argumento é falho. São dados coletados ao acaso, com suposições não comprovadas e que ignoram as evidências contrárias à sua tese.


Prontos para a Renovação


A convicção final é, talvez, a mais surpreendente de todas: o fato de levarmos a sério nossa missão entre os muçulmanos tem o potencial de renovar e reformar a Igreja Adventista. IAinda estou impressionado com a paixão do xeique pela Segunda Vinda e pelo seu senso de iminência. Eu me pergunto: Será que Deus está enviando um chamado ao despertamento do Seu povo adventista?


O evangelismo adventista entre os muçulmanos só acontecerá quando nos humilharmos, permitindo que o Senhor amoleça nosso coração e derrube nosso preconceito. O Senhor precisa colocar dentro de nós um profundo amor pelos muçulmanos e um desejo ardente de vê-los conosco na caminhada para o Céu. Ele precisa fazer com que nossas igrejas os aceitem calorosamente e de braços abertos. Só Ele pode fazer isso. Tais mudanças significam uma Igreja Adventista renovada e reformada.


Minha experiência com os muçulmanos é pequena, mas já testemunhei o poder do amor. O encontro com o xeique, que progrediu num ritmo tão surpreendente, estava enraizado num gesto generoso de um adventista que refletia abertamente o amor e a boa vontade. Tenho observado que os muçulmanos analisam rapidamente uma pessoa, e se julgam que ele ou ela é genuinamente honesto, respondem com bondade. Recentemente conheci uma empresária adventista que sente a responsabilidade de trabalhar com muçulmanos. Isso nem sempre foi assim; de fato, ela cresceu não gostando desse povo, mas o Senhor mudou seu coração. Ela confidenciou que antes usava muitas joias, mas quando começou a se relacionar com os muçulmanos, por causa da ênfase que dão à modéstia, sentiu que deveria tirar suas jóias e, mais tarde, abrir mão delas. Essa, talvez, seja uma parábola do que pode acontecer em grande escala com os adventistas, ao se relacionar com os muçulmanos.







*William G. Johnsson é assistente do 
presidente da Associação Geral para as relações interdenominacioais.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

COMPROMISSO COM O SÁBADO

(cópia de texto do site http://www.advir.com.br/)

Lendo a revista Exame do mês de julho de 2009, encontrei um artigo que me chamou muito a atenção. A matéria dessa revista que é importante referência no mundo dos negócios, trazia o título: “O sócio cristão de Elie Horn”. Como não é comum essa abordagem relacionando religião e negócios, olhei com atenção e fiquei impressionado com o conteúdo.


Denise Carvalho, autora do texto (29/7/2009, p. 52), apresenta uma sociedade criada entre os empresários Fábio Cury e Elie Horn. Ao descrevê-los e apresentar seus negócios, ela diz: “Entre os empresários de ascendência árabe residentes no Brasil, o engenheiro Fábio Cury é, provavelmente, um dos menos religiosos… Embora tenha sido batizado, feito a primeira comunhão e casado na igreja, Cury faz parte do grupo dos autodenominados ‘católicos não praticantes’… Como tantos brasileiros, ele só pisa numa igreja hoje para assistir a missas de sétimo dia, batizados e casamentos. Mas nos últimos dois anos Cury se tornou rigorosamente obediente a determinados preceitos religiosos – não aos dele, mas aos do empresário sírio de fé judaica Elie Horn, dono da Cyrela, a maior incorporadora e construtora do país. Desde que Horn se tornou seu sócio, em 2007, Cury fez algumas adaptações na maneira de conduzir sua empresa. A principal delas diz respeito ao sistema de vendas. Da tarde de sexta-feira ao pôr do sol do sábado, assim como acontece na própria Cyrela, nenhum negócio é fechado. Nesse período, todos os 124 funcionários de Cury são proibidos de assinar contratos e receber cheques, mesmo correndo o risco — por sinal, alto — de perder a venda. No mercado imobiliário, 40% dos negócios são fechados aos sábados. ‘Fiquei preocupado por achar que perderíamos negócios’, diz Cury. ‘Mas deu certo. Os clientes ficam impressionados com a postura de respeito à religião e assinam o contrato nos outros dias’.”



Apesar de terem outra base religiosa, esses dois empresários moldaram seus negócios pela guarda do sábado. Especialmente Elie Horn, um dos grandes empresários do ramo imobiliário no Brasil, não abre mão da guarda do sábado. Fico pensando que ainda existem muitos outros, que nem conhecemos, e que também têm profundo respeito pelo sábado. Que lição para nós!



O ano de 2010 será nossa grande oportunidade de colocar o sábado no lugar em que Deus quer que ele esteja. Será um ano marcado pela proclamação do sábado como “Um Dia de Esperança”. Queremos que nossa comunidade conheça o dia do Senhor e faça um compromisso com sua observância. Vamos trabalhar fortalecendo a guarda do sábado internamente, na vida de cada membro da igreja, envolvendo diferentes iniciativas e materiais. Ao mesmo tempo, no dia 15/05, queremos ter o exército de mais de dois milhões de adventistas na Divisão Sul-Americana saindo às ruas, durante o Impacto Esperança, para distribuir 30 milhões de revistas com uma visão positiva do sábado. Uma semana depois, no sábado 22/05, serão 500 mil “Lares de Esperança” abrindo suas portas para compartilhar com os amigos um DVD com uma mensagem apresentada pelo pastor Fernando Iglesias, seguida por um convite para assistir a uma série de vídeos especiais sobre o dia de sábado. Serão iniciativas fortes para aprofundar a compreensão sobre a santificação do sábado na igreja e na sociedade, levando cada membro a guardá-lo e proclamá-lo.



Você já parou para pensar quantos guardadores do sábado ou corações sinceros vamos encontrar, entre cultos e incultos, ricos e pobres, pessoas aparentemente insensíveis ou mais abertas, cristãos ou não cristãos? Estamos dispostos a manter, a qualquer preço, o compromisso com a guarda do sábado? A abrir mão de privilégios, ou mesmo aparentes necessidades, para ser fiéis ao “dia do Senhor” (Ap 1:10)?



Quero desafiar você a guardar e proclamar o dia de sábado. Esse é o tempo em que precisamos renovar, de maneira profunda, nosso compromisso com sua observância. É o momento de abandonar hábitos, concessões, desculpas, interesses e tudo que possa estar enfraquecendo o sinal de Deus (Ez 20:20) em sua vida. Por outro lado, “A mensagem do terceiro anjo requer a apresentação do sábado do quarto mandamento, e esta verdade tem de ser levada perante o mundo…” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 383). Precisamos nos unir e torná-la mais conhecida.



O pastor Erton Kohler escreve mensalmente para a Revista Adventista, periódico mensal publicado pela Casa Publicadora Brasileira.


www.sabado.org




sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

"CUIDADO COM OS FALSOS PROFETAS"

Cópia de texto do blog com permissão do Autor: Prof. Gilson Medeiros
                                                                                         http://www.prgilsonmedeiros.blogspot.com/



É impressionante como hoje em dia é fácil se auto-intitular de "pastor(a)", "bispo(a)", "apóstolo", etc. Por causa disso proliferam diariamente o número de novas igrejas, seitas, denominações, movimentos, etc. Na maioria, pregando uma "nova luz" ou uma interpretação "revelada" diretamente pelo Espírito Santo.

Esse é um grande problema com os "pentecostais". Por darem mais valor às chamadas "revelações", eles acabam deixando de lado princípios morais e teológicos ensinados nas Escrituras, mas que exigem uma certa obediência, que nossa mente pecaminosa não está disposta a seguir.

"Teoricamente os pentecostais defendem a autoridade das Escrituras, como os Reformadores. Na prática, porém, predomina um subjetivismo imposto pela noção de verdade relativa derivada da centralidade da experiência individual e da operação dos dons espirituais por meio das experiências místicas" - Vanderlei Dorneles, Cristãos em busca do êxtase* (UNASPRESS, 2006).
    * Aconselho que todos os que desejam conhecer a fundo o moderno Movimento Pentecostal leiam este excelente livro do Pr. Dorneles.

O resultado de tudo isso?

Igrejas sem nenhum embasamento sólido na Bíblia, sendo lideradas por homens sem qualquer qualificação teológica ou moral para serem chamados de "pastores".

Há alguns meses, o FANTÁSTICO apresentou uma matéria sobre um tal "pastor" que se aproveitou de uma compreensão equivocada do livro de Oséias, para levar uma de suas "ovelhas" a cometer adultério com ele próprio.

Detalhe: Ela é casada (assim como o "pastor"), mãe de 4 filhos, e diz ter recebido uma revelação especial de Deus para ter um filho com o pastor (não seria isso uma "falsa profecia" ou falsa revelação?!). E o mais curioso é que o marido dela (também "ovelha" do tal "pastor") aceitou tudo, pois essa era a vontade de Deus (?!).

Veja a reportagem

                       http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL698096-15605,00.html


Em outra ocasião, outro "pastor" também foi alvo da Imprensa. Ele foi pego em flagrante fazendo sexo oral com 2 meninas de 10 e 11 anos de idade, em uma cidade próxima a Natal/RN. Ele, um senhor de 58 anos de idade, já havia cumprido 10 anos de detenção, e na época pastoreava uma igreja chamada de "Igreja Porta Aberta".

Veja a reportagem:

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia.php?id=63748

"O Meu povo perece porque lhes falta o conhecimento...".

Como esta frase bíblica ainda faz sentido hoje em dia!

De um modo geral, as "igrejas" cristãs modernas são muito deficientes em conhecimento da Palavra de Deus. Tudo é feito muito de improviso, baseando-se a experiência religiosa apenas no emocional e na palavra do "pastor" e dos "profetas".

Como Adventistas do 7º Dia, somos o POVO DA BÍBLIA (sim... ainda somos!), e por isso precisamos ficar alertas para que as armadilhas doutrinárias destes falsos profetas e pseudo-pastores da atualidade também não nos levem a desprezar a clara e confiável PALAVRA DE DEUS.

"... estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós" - 1Ped. 3:15.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

ESTELIONATÁRIOS DO EVANGELHO

Senhoras e Senhores vêem-se na mídia constantemente, relatos de cidadão, empresas, políticos, bancos, praticando atos fraudulentos contra consumidores, empresas, instituições financeiras, poder público, internet e assim vai, uma lista interminável de fraudes e acontecimentos vergonhosos!


Certamente se eu for relatar aqui, faltará espaço suficiente para descrever somente o que está acontecendo neste exato momento na sociedade Brasileira, especificamente no Governo do distrito Federal. Raramente vêem-se esses larápios serem alcançados pela polícia e punidos pela justiça. Infelizmente a legislação brasileira dá brechas para que esses trapaceiros se furtem em pagar por suas fraudes.

O código penal Brasileiro qualifica os praticantes desses atos como Estelionatários: “Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento” .

Vítimas estão em todos os lugares e em circunstâncias inimagináveis! Não diferente do que já se sabe, um número incalculável de delinqüentes, estão incorrendo na prática do artigo acima descrito, dentro de grandes espaços chamados de templos. São lugares suntuosos, com acomodações magníficas, com milhares de acentos confortáveis, onde senhores com qualificação duvidosa se auto proclamando como “pastores”, "bispos", "apóstolos" que na realidade querem conduzir não as ovelhas, mas seus bens, aos cofres do "templo"!  É crescente agora essa “máfia” possuírem seus próprios canais e redes de televisão, para prostituírem o evangelho. Levam ao ar reportagens e entrevistas com ingênuas pessoas que estavam na sarjeta social, financeira, e que depois de se “converterem” à sua igreja, melhoraram de vida, dando ênfase, basicamente ao aspecto material. Fazem questão de lembrarem aos fiéis que devem trazer ao “altar” tudo que eles possuem para serem entregues à Deus. Esses ESTELIONATÁRIOS DO EVANGÉLHO agem como se fossem corretores da salvação divina. A essência do que se propaga dentro desses lugares é PROSPERIDADE financeira.


Milhões de inocentes crentes estão sendo enganados por esses lobos vestidos de cordeiros e conduzidos para um COVIL DE SALTEADORES.

Infelizmente esses trapaceiros, estão maculando a ordem que o Mestre deu aos seus seguidores, “Portanto ide...” (Mat. 28:19)

Particularmente, depois de Jesus Cristo, tenho como maior teólogo o apóstolo Paulo que, em carta escrita a Timóteo, seu amigo de ministério, já o advertia sobre o surgimento desses corruptores: “Nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela." II Tim. 3:1-5.

Deus quer a sua vida, não o que você possui como bem material, pois isso tudo, já é d’Ele desde a fundação do mundo. Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo veio ao mundo não para solucionar os problemas materiais do homem, mas para solucionar seus problemas espirituais e resgatar-lhe dando-lhe a oportunidade de limpar seus pecados e oferecer-lhe Vida Eterna!

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu filho unigênito para que todo aquele que n’Ele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna” ( João 3:16).

Que Deus tenha misericórdia dessas milhares de almas que estão sendo enganadas!

Izaias

sábado, 6 de fevereiro de 2010

DE QUEM DEUS SE AGRADA?

O Senhor buscou para Si um homem que Lhe agrada.

1 Samuel 13:14


A declaração acima tem que ver com a escolha de Davi para substituir Saul, como rei de Israel. O rei Saul desobedeceu às orientações divinas e Deus determinou sua substituição por alguém que Lhe agradasse. E ao profeta Samuel coube a dura incumbência de transmitir ao rei as ordens do Céu: "O Senhor buscou para Si um homem que Lhe agrada" para ocupar o trono de Israel.*

Estamos iniciando na próxima semana um período em que grande parte da sociedade pára as suas atividades a fim de cultuar os “prazeres da carne” traduzido simplesmente por, “carnaval”. Muitos se entregarão em realização desses “prazeres”, outros irão se retirar do meio das cidades, a fim de se dedicarem nestes dias às reflexões espirituais. Diante destas duas situações, me pergunto e estendo a mesma à você: De quem Deus se agrada?

Todos nós temos "defeitos" ou "falhas" em nossa vida, porém devemos sempre estar em busca de qualidade de vida, não apenas material, mas sim também aperfeiçoamento espiritual.


Quais são algumas das qualificações que agradam a Deus? Jó era um "homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal" (Jó 1:1). Entre os muitos exemplos bíblicos, além de Jó, Daniel brilha como estrela de primeira grandeza. Levado a um cativeiro forçado, assim mesmo, servia ao seu Deus na corte de Babilônia, uma nação em que tudo era estranho para ele: o deus, a língua, a comida, o sistema de vida, os princípios de conduta moral, enfim, tudo estranho e diferente.


Nada dessas coisas, porém, fez com que Daniel se desviasse dos princípios de vida adquiridos no exercício de sua fé e religião. Logo no início de sua vida palaciana e universitária, "resolveu Daniel, firmemente, não se contaminar" (Dn. 1:8). Essa determinação era muito mais abarcante do que simplesmente não se contaminar com as finas comidas da mesa real. Significava não se contaminar com coisa alguma que maculasse seu caráter e o relacionamento com Deus.


Sinceridade é um dos aspectos da vida cristã que mais põem em evidência nosso caráter. O termo grego que dá origem a essa palavra sugere a idéia de "pureza de motivos". O vocábulo original é formado por eile, "calor" ou "luz solar", e krino que quer dizer "examinar", o que nos dá um significado mais amplo, mais ou menos assim: "examinando sob a luz do Sol" e "sem mistura".*


No latim, sincero significa "sem cera", isto é, sem a cera usada para disfarçar os defeitos das esculturas e dos móveis de madeira. Os carpinteiros e os escultores enchiam as trincas com cera misturada ao pó da própria madeira, alisavam, lixavam, envernizavam e tudo parecia perfeito. A bela aparência da peça dizia que não havia nenhum defeito. Porém, com o passar do tempo, sob a ação do calor, do frio e da umidade e também pelo uso, a cera ia se desfazendo e as trincas iam aparecendo.*


Entre muitas pessoas em nossos dias, prevalece a preocupação voltada para as aparências, isto é, parecer ser o que em verdade não é:

"parecem" famílias honradas;


"parecem" pessoas de bem;


"parecem" homens direitos, corretos, íntegros e honestos;


"parecem" homens e mulheres fiéis ao seu cônjuge;


"parecem" jovens puros na sua vida moral;


"parecem" bons esposos e esposas, bons pais, bons e fiéis cristãos;

"parecem"...!

Sinceridade significa "sem cera", sem máscaras. É ser o que realmente é e não o que aparenta ser. Não nos esqueçamos de que, um dia, a cera se esfarinha e a rachadura aparece. Se não for aqui, será no acerto final, diante do STD, o Supremo Tribunal Divino.

  "Os jovens de hoje podem ter o espírito de que estava possuído Daniel; [...] possuir o mesmo poder de domínio próprio [...] mesmo sob circunstâncias igualmente desfavoráveis"
 (Ellen Gould White, Profetas e Reis pg 489-490.)
                                      *W.Sarli-Agua da Fonte.

 
Que Deus nos ajude a sermos pessoas de quem Ele possa Se agradar.

Izaias




BENTO XVI PEDE A UNIÃO DE TODAS AS IGREJAS CRISTÃS

Cidade do Vaticano, 24 jan (EFE).- O papa Bento XVI pediu hoje a unidade de todas as Igrejas cristãs, porque "a comunhão dos cristãos torna mais crível e eficaz o anúncio do Evangelho", antes de rezar o Ângelus dominical na Praça de São Pedro, diante de cerca de 50 mil fiéis.


Bento XVI anunciou que assistirá amanhã à cerimônia ecumênica presidindo as solenes vésperas na Basílica de São Paulo Extramuros, no encerramento da Semana de Oração para a União dos Cristãos, que coincide com a conversão de são Paulo.

"A Igreja é concebida como o corpo, do qual Cristo é a cabeça, e forma com Ele um uno", acrescentou o papa, citando São Paulo: "Todos fomos batizados mediante um só espírito em um só corpo, judeus ou gregos, escravos ou libertos, e todos saciamos nossa sede espiritual".

Graças aos carismas, "a Igreja se apresenta como um organismo rico e vital, não uniforme, fruto do único Espírito Santo que conduz todos a uma unidade profunda, assumindo as diferenças sem aboli-las e realizando uma união harmoniosa", disse.

Portanto, é justo em Cristo e no espírito que a Igreja é una e santa, o que é uma íntima comunhão que supera a capacidade humana e a sustenta, afirmou o pontífice.

O papa lembrou a figura de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas e da imprensa católica, cuja memória litúrgica é celebrada hoje e a relacionou com a mensagem que enviou ontem aos sacerdotes para que divulgassem o evangelho pela internet. EFE

Papa pede Unidade dos Cristãos e lança nova evangelização


O Papa Bento XVI fez um apelo, nesta segunda-feira, 25 de janeiro à unidade dos cristãos, exortando-os a trabalhar por uma "nova e intensa" evangelização, durante cerimônia celebrada em Roma.

O pedido do Papa foi feito durante cerimônia ecumênica, celebrada na Basílica de São Paulo Extramuros, encerrando a "Semana de Oração para a União dos Cristãos".

"Num mundo marcado pela indiferença religiosa e, inclusive, por uma rejeição crescente à fé cristã, torna-se necessária uma nova e intensa evangelização", disse.

A evangelização deve ser dirigida "não apenas aos povos que não conhecem o Evangelho" mas "àqueles onde o cristianismo se difundiu e faz parte de sua história", acrescentou.

Ante importantes representantes de igrejas cristãs, protestantes e ortodoxas, o Papa reconheceu que "ainda existem assuntos que nos separam, os quais esperamos poder superar através do diálogo e da oração", afirmou.

"Mas há um assunto central da mensagem de Cristo que podemos anunciar juntos: a paternidade de Deus, a vitória de Cristo sobre o pecado, sua morte na cruz e sua resurreição, a fé na ação transformadora do Espírito Santo", acrescentou.

Durante a cerimônia, o Papa referiu-se à conversão de São Paulo, num dia dedicado ao Santo.

FONTE: G1  http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1462270-5598,00-PAPA+PEDE+UNIDADE+DOS+CRISTAOS+E+LANCA+NOVA+EVANGELIZACAO.html


Essa notícia apenas confirma o que a  SAGRADA ESCRITURA declara.

"A Escritura Sagrada declara que antes da vinda do Senhor existirá um estado de decadência religiosa semelhante à dos primeiros séculos. "Nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela." II Tim. 3:1-5. "Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios." I Tim. 4:1. Satanás operará "com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça". E todos os que "não receberam o amor da verdade para se salvarem", serão abandonados à mercê da "operação do erro, para que creiam a mentira". II Tess. 2:9-11. Quando for atingido tal estado de impiedade, ver-se-ão os mesmos resultados que nos primeiros séculos.



A vasta diversidade de crenças nas igrejas protestantes é por muitos considerada como prova decisiva de que jamais se poderá fazer esforço algum para se conseguir uma uniformidade obrigatória. Há anos, porém, que nas igrejas protestantes se vem manifestando poderoso e crescente sentimento em favor de uma união baseada em pontos comuns de doutrinas. Para conseguir tal união, deve-se necessariamente evitar toda discussão de assuntos em que não estejam todos de acordo, independentemente de sua importância do ponto de vista bíblico.
"O Grande Conflito", pág. 444.


"Quando o protestantismo estender os braços através do abismo, a fim de dar uma das mãos ao poder romano e a outra ao espiritismo, quando por influência dessa tríplice aliança a América do Norte for induzida a repudiar todos os princípios de sua Constituição, que fizeram dela um governo protestante e republicano, e adotar medidas para a propagação dos erros e falsidades do papado, podemos saber que é chegado o tempo das operações maravilhosas de Satanás e que o fim está próximo." Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 151.

ALELUIA!
TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES.

Eu já tenho as minhas.

Izaias